Universidade Federal de Uberlândia Campus Santa Mônica
Imagem: Milton Santos
A Universidade Federal de Uberlândia reafirma a posição de destaque, no cenário mineiro, entre as universidades as instituições que mais depositam pedidos de propriedade industrial. A publicação foi feita recentemente (21/05) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A posição reafirma a excelência da Universidade em pesquisa e inovação junto às instituições e Institutos de pesquisa que mais depositam pedidos de Propriedade Intelectual.
De acordo com o INPI, a UFU é o número 1 em Minas em depósitos de modelos de utilidade, e para programas de computador. Para registro de patentes de invenção, a UFU ficou em segundo lugar entre as universidades mineiras. “Os resultados demonstram o empenho de toda a comunidade acadêmica de nossa universidade. Temos pesquisadores e pesquisadoras comprometidos com a inovação buscando a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Destacamos também, nesse processo, a atuação estratégica das ações da UFU que vão desde a proteção da produção acadêmica até ações integradas com a sociedade na promoção de conexões para parcerias e o fortalecimento acadêmico e econômico”, destaca Thiago Paluma, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFU.
Atualmente o portfólio da UFU soma mais de 830 registros no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), incluindo patentes, desenhos industriais e propriedades intelectuais demonstrando capacidade de transformar pesquisa em aplicação prática. “Hoje a universidade tem potencial para realizar a transferência dessa tecnologia, daquilo que é produzido aqui dentro pelos nossos pesquisadores. Para que elas se tornem, efetivamente inovação precisamos fazer essa transferência de conhecimento para a sociedade”, explica Luciana Carvalho, diretora de Inovação da UFU.
Gráfico da classificação por “famílias de patentes” por domínio tecnológico.
Fonte: Diretoria de Inovação e Transferência de Tecnologia
A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós graduação (PROPP), em conjunto com a Fundação de Apoio Universitário (FAU) desenvolve um papel estratégico ao conectar a ciência às demandas da sociedade. “A gente fomenta a inovação e o empreendedorismo dentro da Universidade. E mais do que isso, essa inovação e esse empreendedorismo vão conectar o setor público, com setor produtivo”, acrescenta a diretora Luciana Carvalho.
De acordo com a diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia, a Universidade atua em dois eixos principais. Um para o fortalecimento empresas por meio do Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (CIAEM/UFU), voltado para startups, pequenas e médias empresas que precisam de orientações para se consolidarem no mercado. E, com a Agência Intelecto para a proteção intelectual e a transferência de tecnologia para os setores produtivos da sociedade.
O outro eixo atua para conexão com as empresas realizada em parceria com a Fundação de Apoio Universitário (FAU). “Em dezembro do ano passado, fomos contemplados, em um incentivo da FAPEMIG para desenvolver um projeto de inovação, juntamente o Laboratório de Realidade Virtual Aumentada da UFU um classificador de grãos utilizando câmeras de alta definição com inteligência artificial embarcada, que inovador no mercado agroindustrial”, completa Dany Santos, CMEO Grider Tecnologia Engenharia e Automação.
A Grinder está no mercado com uma carteira de mais de 800 empresas. Ela desenvolve projetos de inovação voltados à indústria 4.0, na automação e montagem mecânica industrial que vão de serviços elétricos de baixa e média tensão e tecnologia com foco em indústrias, fábricas de rações, unidades armazenadoras, estádios, aeroportos. “Então, essa relação multidisciplinar e direcionamento do projeto são de extrema relevância para que a gente consiga êxito no cumprimento dos cronogramas designados e na capacidade técnica de desenvolver um produto que vai ser algo inovador no mercado agroindustrial”, cita Dany Santos.
No modelo de parceria público-privada, as empresas investem recursos financeiros nos projetos de PD&I onde a Universidade entra com o conhecimento da comunidade acadêmica e a infraestrutura dos laboratórios da UFU. “A FAU é essencial para viabilizar os projetos, tanto nos nossos ambientes promotores de inovação quanto nos ajudando a fazer as conexões com a sociedade, até ao apoio da organização orçamentária e financeira”, completa Luciana Carvalho.
Na educação os investimentos em PD&I ainda têm impacto direto na formação dos alunos e professores. Os recursos são aplicados na modernização de laboratórios aumentando o envolvimento dos estudantes, desde a graduação nos projetos multidisciplinares, nos programas de Iniciação Científica (IC), mestrado, doutorado e pós-doutorado. E, ainda aproxima a comunidade acadêmica do ciclo do empreendedorismo do mercado econômico. “A Parceria Público Privado (PPP) é fundamental para engajar os estudantes de graduação e pós-graduação em pesquisas relevantes para a indústria nacional, assim reduzindo a dependência tecnológica estrangeira e formando recursos humanos de alto nível. As tecnologias desenvolvidas nas universidades e centros de pesquisa, também chamados de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), podem gerar novos negócios de base tecnológica com forte interação com mercado, desenvolvendo e retendo os talentos com foco no empreendedorismo e na inovação”, destaca Arthur Fiocchi, professor/pesquisador e coordenador do laboratório FEMEC MAKER/UFU.
A UFU ainda participa do Pacto pela Inovação formado por setores econômicos e associações de classe de Uberlândia. Representantes da universidade participam de reuniões e discussões para o fortalecimento da economia por meio da inovação e prestação de serviços para a sociedade.
Uma das ferramentas para facilitar essa interação foi a criação da vitrine tecnológica. O site oferece maior visibilidade às tecnologias desenvolvidas pelos pesquisadores. “Hoje, nós estamos consolidando um ambiente de conexão, um ambiente estratégico, onde nós vamos conectar a universidade, o setor produtivo e o setor público, e fortalecer o que a gente chama de modelo de hélice tríplice para que possamos promover um desenvolvimento econômico sustentável de Uberlândia e da região, completa Luciana Carvalho, diretora da diretoria de Pesquisa e Inovação da ProPP/UFU).
As ações da PROPP/UFU se complementam com o Parque Tecnológico onde as empresas parceiras podem se instalar de forma física ou não, e terem acesso direto aos pesquisadores e infraestrutura dos laboratórios da UFU. “Com isso, as empresas têm a capacidade de inovar com PD&I e de ultrapassar a fronteira do conhecimento por meio das pesquisas. Nesse caminho a UFU vem se colocando cada vez mais de perto do ecossistema produtivo e ainda se posicionando no mapa da inovação nacional e internacional”, destaca Luciana Carvalho.
Com esses programas integrados a UFU consolida o papel institucional como agente transformador na educação e na economia, demonstrando como o conhecimento acadêmico pode gerar desenvolvimento real para a sociedade. “Não existe nenhum país do mundo que se desenvolveu sem investir em ciência, tecnologia e inovação. Então, esses são três pilares importantes. E, isso acontece fomentando a pós-graduação, a pesquisa e a inovação, esse é um objetivo importante para a ProPP”, finaliza a diretora de inovação da ProPP/UFU.
Por: Cristiane de Paula (jornalista FAU)
Publicado em 29/05/2025 ás 14:18