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FAU se une às Fundações do Sudeste para discutir novas propostas de gestão e aumentar a participação das fundações junto à sociedade

Rafael Visibelli, diretor executivo da FAU apresentando “Formas Alternativas de Financiamento para Fundações”, no IV Encontro de Fundações de Apoio do Sudeste

O IV Encontro das Fundações do Sudeste, realizado semana passada (29,30) em Belo Horizonte, chamou a atenção para os 50 anos da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep).  Participaram 62 Fundações, elas levaram seus gestores dos principais setores com o objetivo de trocarem experiências. Além de discutirem desafios, apresentaram soluções, abordaram responsabilidade social e governança (ESG) para ambientes mais saudáveis, e falaram sobre sustentabilidade financeira, transformação digital e aprimoramento dos serviços prestados pelas fundações.

A participação da FAU foi sobre novas formas alternativas de financiamento para fundações.  O diretor executivo da Fundação, Rafael Visibelli, apresentou os principais desafios vencidos e as estratégias mais recentes da FAU para superar mudanças legais e ampliar a autonomia com maior participação no ecossistema de inovação de Uberlândia. Ele destacou o programa de otimização dos espaços da sede da FAU, que, por meio de ocupação compartilhada, abriga outras 7 instituições. Esse modelo de gestão gerou, em 2024, R$ 510 mil em receita própria. Outra iniciativa foi a criação do espaço COÉ, um ambiente de coworking para o posicionamento estratégico no ecossistema de inovação de Uberlândia, visando ser o futuro hub de inovação e somarão ao Centro Empresarial pelos ambientes compartilhados. “Estamos nos inserindo de forma cada vez mais ativa no ecossistema de inovação e buscamos nos consolidar como um elo estratégico entre as instituições que apoiamos e iniciativas inovadoras”, acrescenta Rafael Visibelli, diretor executivo da FAU.

Também foram apresentados outros dois projetos de sucesso da Fundação: o “Café Porandú”, que unimos cafeicultores do Cerrado, pesquisadores e parceiros como SEBRAE, FAPEMIG e MCTI para desenvolver um produto com inteligência artificial e sequenciamento genético; e o programa de cursos próprios, com landing pages, captação. “Com este case de sucesso criamos um modelo replicável para outras fundações e, estamos constantemente testando novas frentes, como eventos, serviços especializados e parcerias estratégicas”, completa o diretor da FAU.

Instituições de Ensino Superior também apresentaram programas de sucesso. A coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFMG, falou sobre as mudanças regulatórias em ciência e Tecnologia. Juliana Crepaldi apresentou as principais estratégias para as parcerias com as fundações de apoio e sucesso para a realização de transferências de tecnologia para a sociedade. No âmbito do ecossistema, foram discutidos os caminhos e vantagens do NIT misto e as transformações importantes no seu Marco Legal. “É importante termos um Marco Legal dentro das nossas instituições, como o NIT, a Fundação de Apoio e um parque tecnológico para conseguirmos avançar nos resultados e, termos a excelência na nossa gestão. Por isso, além de um núcleo de inovação dentro da universidade, são importantes termos as fundações de apoio próximas”, destacou Juliana Crepaldi, na abertura do encontro, coordenadora do NIT UFMG.

O presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) professor Antônio Fernando Queiroz, enfatizou a importância do conselho que reúne as várias fundações de apoio das universidades e das ICTs. Recentemente, o (Confies) recebeu o selo de Apoiador Institucional do Programa Pacto Brasil pela Integridade Empresarial da Controladoria Geral da União, (CGU). “Esse selo, além de significar mais responsabilidade para todos nós, por nos conferir um papel estratégico para a divulgação desse importante programa, nos insere ainda em uma agenda de integridade relacionada a um setor fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Estaremos discutindo, neste evento, temas para o desenvolvimento social, científico e tecnológico da nação”, destacou o presidente do Confies Antônio Queiroz, na abertura do encontro.

Ao todo, foram mais de 300 participantes que se revezaram nas 13 mesas temáticas em dois dias de encontro. No caso da sustentabilidade econômica, apresentada pelo diretor da FAU, a fonte para novos recursos foi a otimização dos ativos da Fundação. “A experiência da FAU mostra que é possível inovar sem perder o vínculo com a missão institucional. Reduzimos nossa dependência de recursos públicos, ganhamos mais resiliência frente às incertezas político-econômicas e passamos a reinvestir mais em pessoas, estrutura e inovação”, conclui Rafael Visibelli, diretor executivo da FAU.

Por: Cristiane de Paula (jornalista FAU)
Publicado em 06/06/2025 ás 15:34

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