Missão de pesquisadores da UFU e profissionais do ecossistema de inovação de Uberlândia, no Summit Deep Tech, em São Paulo
A missão multidisciplinar, composta por pesquisadores, de diversas áreas do conhecimento, envolvidos em pesquisas com indústrias nacionais, incluiu também representantes da incubadora de novos negócios da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Parque Tecnológico. O Summit Deep Tech ocorreu nos dias 12 e 13 deste mês, em São Paulo. As Deep Techs são startups que validam estudos científicos por meio de experimentos e patentes, lidando, entre os principais conteúdos problemas como; o tratamento de doenças, mobilidade, aquecimento global e desenvolvimento industrial. A Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com o apoio da FAU, esteve entre as 24 universidades participantes do evento. “Participar do Deep Tech Summit foi uma experiência ímpar. Por se tratar de um tema altamente específico e dinâmico, não havíamos tido acesso recente a dados tão atualizados sobre inovação e seu impacto nos mercados globais”, destacou Renata Rodrigues, gestora do Parque Tecnológico da UFU.
O Deep Tech Summit reuniu mais de 100 startups em dois dias de painéis, palestras e masterclasses. Os temas abordados incluíram a elaboração de pedidos de patente, a captação de investimentos nacionais e internacionais, e a legislação relacionada à proteção da inovação, transferência de tecnologia e o papel de pesquisadores com dedicação exclusiva e foco no empreendedorismo. A UFU esteve entre as 24 universidades apoiadoras, representando todas as regiões do país. “O que eu acho mais importante de um evento de Deep Tech é o que tem por trás da definição ‘Deep Tech’; que são empresas que visam resolver grandes desafios, são empresas que são fundamentadas nas universidades, em pesquisas acadêmicas, envolvendo várias pessoas para resolver grandes problemas e consequentemente gerar bastante retorno para a sociedade.” Completa Arthur Fiocchi, pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEMEC-UFU) da área de manufatura avançada e novos materiais.
O evento foi o primeiro a apresentar um mapa das startups Deep Techs no Brasil, com mais de 870 startups que desenvolvem pesquisa na fronteira do conhecimento. Dessas, 65% estão localizadas no Sudeste. Quanto ao perfil dessas startups, 70% estão em fase de desenvolvimento tecnológico, e 50% são biotechs direcionadas ao agronegócio ou à saúde. No que se refere a investimentos em inovação tecnológica de ponta, 70% das Deep Techs que captaram mais de R$ 5 milhões usaram recursos públicos. Por fim, analisando os setores econômicos que mais utilizam esse modelo de startup, o setor da saúde humana lidera com quase 33% da demanda por inovação, seguido pelo agronegócio e saúde animal (29%) e pelo setor químico e de novos materiais, quase 10%. “O evento proporcionou um ambiente de aprendizado e conexão entre diversos atores do ecossistema nacional de inovação, abordando temas cruciais como a interação entre ICTIs e empresas, incentivos fiscais e linhas de crédito, o cenário das Deep Techs no Brasil, estratégias de internacionalização e inovação corporativa. A experiência fortaleceu o nosso compromisso com o desenvolvimento do ecossistema local e inspirou novas ações para impulsionar e incentivar pesquisadores a promoverem inovação no país”, completa Karyne Juste agente de inovação do Programa ALI Ecossistemas do Sebrae Minas, que também fez parte da Missão.
Por: Cristiane de Paula (jornalista FAU)
Publicado em 25/11/2024 às 17:00