Apresentação do terceiro número do livro BioHQ no auditório da FAU
O que é bom merece continuidade. A terceira edição do projeto BioHQ, publicado pela editora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), apresenta histórias sobre a relação entre sustentabilidade, biodiversidade e insetos sob uma nova perspectiva. O volume reúne pesquisas científicas da área de Entomologia em formato de histórias em quadrinhos, buscando estabelecer um diálogo mais direto entre a produção acadêmica e a sociedade, com um olhar especial para os espaços educacionais do ensino básico.
São dez histórias com abordagens variadas, proporcionando uma leitura informativa e divertida. O BioHQ conduz o leitor a uma viagem que começa pela evolução dos insetos passa por suas interações ecológicas com o ecossistema, abordando desde a polinização até o controle biológico e a importância desses animais para o avanço das pesquisas científicas. Nesse mundo curioso e surpreendente, as histórias contam com um personagem inesperado no elenco: há um ácaro no meio dos insetos. A presença desse aracnídeo em uma das histórias teve como objetivo mostrar a importância de algumas espécies de ácaros predadores no controle biológico de pragas.
Com o apoio financeiro da Fundação de Apoio Universitário (FAU), o volume foi editado pela Editora da Universidade Federal de Uberlândia (EDUFU) e contou com também com o suporte da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP-UFU), da Sociedade Entomológica do Brasil (SEB), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Projeto Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).
O projeto BioHQ desafia a criatividade dos participantes ao propor a combinação de estudos científicos da área de Biologia com a linguagem envolvente das HQs. “A FAU tem um compromisso sólido com a educação, a ciência e a inovação. Apoiar o BioHQ foi uma forma de fortalecer a divulgação científica e tornar o conhecimento acadêmico mais acessível à sociedade, aproximando a pesquisa da comunidade, especialmente dos jovens estudantes, despertando o interesse pela ciência de maneira criativa e envolvente”, destaca Rafael Visibelli, diretor executivo da FAU.
A proposta do projeto BioHQ é oferecer conhecimento científico de forma instigante e lúdica para públicos de todas as idades. O terceiro número da coleção foi apresentado no XXIX Congresso Brasileiro de Entomologia e o XIII Congresso Latino-Americano de Entomologia, eventos de uma área do conhecimento que tem como foco de estudo os insetos e sua interatividade com o ambiente, incluindo os seres humanos.
O projeto, que conta com a participação de professores, estudantes e egressos da UFU e de outras instituições públicas de ensino superior, teve início em 2019 e chega a seu terceiro número, sempre com organização e coordenação dos professores João Agreli, do Instituto de Artes, Solange Cristina Augusto, do Instituto de Biologia, ambos da UFU, e Rosângela Dantas de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “A primeira e a última história não têm texto e abordam a questão do tempo. Não foi algo premeditado, foi uma coincidência”, disse Rosângela Dantas de Oliveira, da Unifesp. A professora ainda destacou a participação da pesquisadora Rute Brito que atuou em duas histórias e com papeis diferentes em cada uma delas; em uma ela é quadrinista e na outra, colaborou como pesquisadora. “Penso que Solange e João jamais terão a dimensão da honra que foi para mim redigir esse prefácio. Como admiradora da coletânea e jornalista há tantos anos, eu parecia uma menina que acabara de ganhar um presente. E é isso mesmo! Um presente!”, comenta Renata Neiva, jornalista doutora em Educação pela Faculdade de Educação da UFU, autora do prefácio da revista.
Com a proposta de apresentar a obra ao público externo à academia, os idealizadores iniciam agora uma jornada de lançamento para a sociedade, com agenda diversificada que vai de espaços públicos a bares voltados ao apoio cultural. Nesse novo momento, uma apresentação ocorreu no auditório da FAU, com a presença de alunos, professores e pesquisadores de Artes, Biologia e representantes da sociedade. “Gostaríamos de divulgar mais nas escolas do ensino básico e continuar com novas edições. Histórias não faltam”, conclui a professora Solange Cristina Augusto, do Instituto de Biologia.
Por: Cristiane de Paula (jornalista FAU)
Publicado em 14/02/2025 ás 10:09